Quintal Antropofágico
Originalmente publicado em A Gazeta – Caderno 2 Pensar (22) – Vitória, 08 de Abril de 2017 Na terra úmida os galhos retorcidos dissolvem. No silêncio dos cantos sombreados escuta-se a vida escondida. Aos poucos outros ruídos brotam no Quintal e as coisas brilham, como fótons que caem do verde das folhas. A música resguarda a comunhão da vida na terra, fazendo com que todo existente compartilhe de uma mesma energia e destino. A vida é o transitório incessante e a terra é o cor
Imaginar Geografias
A música acende as imagens. Palavras de ódio que condenam os migrantes. Cacofonias de línguas, vê-se no escuro a dor dessa Babel eterna, que trafega nos subterrâneos dos navios e nos transportes ilegais. Essa é a história do movimento dos lugares e das pessoas. Uma história longa, de diversos tamanhos, mas que cabe na obra iniciada. Imaginar Geografias – a dançarina dança o movimento da natureza. Na tensão de seus gestos pode-se pressentir a força que separa e une os continen